domingo, 1 de fevereiro de 2015

A cor dos corpos


Podemos dividir os objetos em geral em dois grandes grupos, os que têm luz própria, chamados de corpo luminosos, e os que não tem, os corpos iluminados. O vagalume, por exemplo, é um corpo luminoso, e eu, eu sou apenas um iluminado. Os que produzem sua própria luz podem ser novamente divididos em dois grandes grupos, os incandescentes e os luminescentes. Incandescentes são aqueles que produzem luz a partir do aquecimento. Qualquer material devidamente aquecido emite luz, a chama que vemos ao redor de um palito de fósforos aceso, por exemplo, é uma massa gasosa que se encontra muito próxima a uma reação de combustão que ocorre no palito e que tem por essa causa uma temperatura muito alta e em conseqüência emite luz. Um arame colocado no fogo emite luz, a princípio uma luz vermelho-escura que à medida que a temperatura vai aumentando vai se tornando laranja, amarela e tendendo a se tornar branca, se a temperatura for muito elevada pode ter tendências ao azul. É este princípio o utilizado pelas lâmpadas incandescentes, elas possuem um filamento de tungstênio, metal que suporta altas temperaturas, que ao ser percorrido por corrente elétrica se
aquece devido ao Efeito Joule, e atinge temperaturas da ordem de 3000ºC emitindo luz.
Um outro grupo existe de materiais que emitem luz sem serem aquecidos, estes são os chamados luminescentes e podem ser divididos em sub-grupos que são: Fluorescentes: São substancias que emitem luz quando expostas a algum tipo de radiação. As lâmpadas fluorescentes, estas compridas que a gente usa no escritório, contem dentro de si um gás que ao ser percorrido por uma corrente elétrica, como acontece quando são ligadas, emite radiação ultravioleta. Não precisa ficar preocupado, pois são revestidas por um pó branco, aderido em seu interior, que quando atingido pela
radiação ultra violeta, a absorve e emite em seu lugar luz. Você já fez bronzeamento artificial? Lembra-se das lâmpadas utilizadas naquele processo? São iguais às nossas fluorescentes comuns, exceto pelo fato de não conterem o tal pó branco, o que sai delas é radiação ultravioleta.
Fosforescentes: São substancias que ao serem exposta à luz tem alguns de seus elétrons excitados. Quando isso acontece o elétron salta para um orbital mais alto que o original, acontece que nesse orbital ele permanece instável, mais cedo ou mais tarde terá que voltar e para poder voltar é obrigado a jogar fora sua energia excedente, essa energia é dispensada sob a forma de um pequeno pacote chamado de fóton que nada mais é que luz. Interruptores que brilham no escuro funcionam assim, os adesivos luminosos que povoam os quartos infantis também.
Bioluminescentes: Ocorre quando seres vivos emitem luz. Trata-se de uma reação entre um pigmento chamado de luciferina com um enzima, luciferase. Alguns insetos como o vaga-lume e o pirilampo e alguns peixes de grandes profundidades, são capazes de produzir estes materiais e em conseqüência tem iluminação própria.
Quimioluminescentes: São reações químicas que emitem luz. Em toda festa infantil e outras não tão infantis, existem aquelas pulseiras em forma de um canudo transparente que contém duas substancias químicas distintas, separadas por uma membrana. Ao dobrar o canudo elas se misturam iniciando a reação que emite luz.
Triboluminescencia: Não tem nada a ver com coisa de índio, o nome tribo, indica atrito, certos materiais ao serem violentamente atritados, emitem luz, cristais de açúcar produzem este efeito. A propósito os cristais de açúcar são visualmente iguais ao vidro.
Em filmes, cenas onde pessoas levam uma vidraça no peito e saem incólumes do outro lado, na verdade são feitas com placas de açúcar e não de vidro, para quem vê é a mesma coisa e o mocinho além de não sofrer riscos de se cortar, pode até chupar um caquinho se quiser. Experimente pegar uma pelota de açúcar cristal e coloca-la na geladeira. Á noite, sem acender a luz, coloque-a entre as mandíbulas de um alicate e aperte com força. Ela emite uma luz azulada muito suave, é a triboluminescencia.
Os demais corpos, os iluminados, se limitam a refletir parte da luz que sobre eles incide. Cada pigmento tem uma capacidade de absorver parte da luz branca, o que sobra é refletido e define a cor de cada corpo. A luz branca por sua vez é formada por vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Um corpo verde é capaz de refletir a cor verde e absorver o restante. A maioria das lâmpadas coloridas que vemos por aí emitem cores misturadas, uma delas que emite uma única cor, no caso violeta, é a que usualmente é chamado de luz negra. Cá entre nós chamar algo de luz negra é uma
tremenda incoerência quando se sabe que o negro é a ausência de cor. Negro é algo que não pode ser visto, à noite, tranque o quarto, apague as luzes e abra bem os olhos. O que você verá? Nada! Tudo preto. (A propósito as pessoas negras deveriam ser chamadas de pessoas sem cor). Falar em luz negra, é como falar em água desidratada; uma coisa é o oposto da outra, no mínimo é algo incoerente. Aí você vai a uma boate fantasiado de bandeira, sapato verde, calça amarela, camisa azul e gravata branca onde se lê: ordem e progresso. Lá entrando, verifica que só existe luz negra, ou seja, luz violeta; qual será a cor de cada peça de sua roupa nestas condições? Todas elas com exceção da gravata branca ficarão negras, afinal as cores que elas são capazes de refletir não existem ali,
sem refletir nada ficarão negras. A gravata por ser branca e em conseqüência refletir tudo, ficará violeta que é a única radiação existente no local. Às vezes esta iluminação nos prega peças, em minha adolescência, lembro-me de ir a uma boate com uma camisa muito clara, mas, que não era branca, tão clara ela era que a costura havia sido feita com linha branca, mas o tecido não era branco. O resultado foi que quando próximo a uma lâmpada de luz negra, a linha de costura como que acendia, ela refletia a luz e a camisa não, uma boa maneira de verificar a habilidade da costureira.
Já ouviu falar de ouro verde? O ouro que vemos, quando puro tem uma coloração típica dourada, significa dizer que as cores refletidas por ele dão em seu conjunto aquela coloração. O ouro é um metal extremamente maleável, é possível fazer com ele uma lâmina tão delgada que chega a ficar transparente, e nesse caso, visto por transparência ele é verde. O conjunto de cores refletidas dá o dourado, mas, a cor que tem maior poder de penetração neste metal é o verde, essa cor consegue atravessa-lo enquanto que as outras não. O resultado é que uma lâmina muito delgada de ouro
quando vista contra a luz, é verde.

Professor Marcos Diniz

domingo, 19 de janeiro de 2014

Curiosidades!

Aquaplanagem

O atrito entre os pneus e o solo*, que é o responsável por frear o veículo, é quem permite seu movimento, transmitindo ao solo a potência desenvolvida pelo motor e também quem mantém sua orientação, direcionando-o de acordo com a inclinação  as rodas determinada pelo volante. Sem o atrito o carro nem sairia do lugar, alias é o que acontece quando você se enfia em um atoleiro, a falta de atrito entre os pneus e o solo imobiliza o veículo.
A força de atrito trocada entre dois corpos depende de apenas dois fatores, da força normal, no caso do carro, a força comprime o mesmo na estrada, e da natureza das superfícies em contato, em nosso caso, do asfalto e da borracha. Qualquer material que se interponha entre ambos vai influenciar no valor desta força. Entre as peças de um motor, o atrito é uma força indesejada, para torná-lo mínimo, usa-se o óleo. Uma
película se forma impedindo o contato direto de metal contra metal e o atrito é praticamente neutralizado.
Nossas estradas têm um perfil abaulado formando uma superfície convexa para facilitar o escoamento da água quando chove, mas, aqui em nosso país, a conservação das mesmas deixa a desejar**, caminhões com excesso de peso produzem um afundamento no asfalto no local onde passam as rodas, com o tempo forma-se uma espécie de canaleta e quando chove ela se enche de água. Justamente no local onde os pneus passam existem depósitos de água. Se a velocidade do carro não é muito grande e os pneus se encontram em bom estado, isso não representa problema algum, o projeto dos pneus já leva este fator em conta, eles apresentam sulcos na banda de rodagem para onde a água escapa quando se passa por sobre ela, isso permite que a borracha tenha contato direto com o asfalto garantindo o atrito. Logo em seguida quando a parte do pneu em contato com o solo começa a subir para fazer uma volta, a água dos sulcos é ejetada e produz aquele spray característico que suja completamente o carro que vier atrás.
Os fabricantes estabelecem que a vida útil de um pneu termina quando a profundidade dos sulcos chega a 1,6 mm, mas, aqui é Brasil, a crise está feia, tem gente que enquanto não ver a lona, ta andando por aí. Alguns pneus parecem mesmo os slicks de corrida. Trafegar em pista molhada com estes pneus é quase uma tentativa de suicídio, se a velocidade aumentar um pouco, a água não tem tempo de sair de baixo do pneu, forma-se uma película de água entre o pneu e o solo, é a chamada aquaplanagem, se o motorista não tiver conhecimento a respeito, ela quase sempre termina em capotagem. O primeiro sintoma é que o carro começa a se deslocar para fora da pista andando de lado, neste momento o motorista despreparado vai virar um pouquinho o volante tentando voltar. Como os pneus não encostam no asfalto nada vai acontecer, o motorista então vai virar o volante um pouco mais e pisar no freio. Como a roda está solta sem contato com o solo, pisando no freio ela trava e o carro continua deslizando sobre a lâmina de água, até que o contato com o asfalto volta e o atrito se restabelece, agora imagine você o que acontece, o carro se encontra com velocidade elevada as rodas travadas e o volante esterçado. Não é preciso ser um gênio da física para perceber que é capotagem com certeza.
Quais os cuidados para evitar que este tipo de acidente aconteça? É simples, primeiro, manutenção preventiva em seus pneus, respeite as normas estabelecidas pelo fabricante, ele sabe o que faz. Segundo; choveu? Diminua a velocidade. E se acontecer com você apesar de todo o cuidado? Se for o caso, você irá perceber que seu carro está parecendo um cachorro andando meio de lado e tendendo a sair da pista, não vire o volante, não use o freio, tire o pé do acelerador e segure o volante firmemente. Caso o carro saia do alinhamento da pista, vire ligeiramente o volante no sentido do movimento, é muito importante manter as rodas sempre alinhadas com a direção do movimento. Agora é só aguardar, em alguns segundos o contato com o solo será restabelecido e depois disso é que você pode trazer o carro de volta para a sua faixa de rodagem. Restabelecido o controle sobre o carro, procure um local adequado, estacione, aguarde uns 15 minutos para seu coração voltar ao normal e é só prosseguir viagem com menor velocidade.

*Inércia ou para que serve um cinto de segurança
** Radares e pardais


Marcos Diniz

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Calculando, o experimento funciona!


   O experimento acima, envolve conceitos relacionados à conservação de energia e lançamentos de corpos próximos da Terra.

   Estudamos isso em Mecânica dos corpos, e sem dúvidas quando dá certo, fica um gostinho de quero ir novamente!

PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA

Desde que não haja forças dissipativas atuando no sistema, como o atrito e resistência do ar podemos afirmar que a energia mecânica é conservada.


Marcos Diniz

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Curiosidades!!!

Carros que dão choque

Quem já não levou um choque ao tocar em um carro?

É uma experiência que não representa perigo, mas bastante desagradável.
Todos os corpos são formados por elétrons e prótons, sabemos que eles apresentam cargas elétricas negativas e positivas respectivamente, então por que não levamos choques ao tocar em algo? A explicação é que todo átomo tem quantidades iguais de prótons e de elétrons, cargas positivas e negativas em quantidades iguais se anulam e o resultado final é zero. Porém existem maneiras de desequilibrar essas quantidades. Os objetos em geral apresentam uma característica chamada de eletroafinidade, ela significa exatamente o que o próprio nome diz: afinidade por elétrons. Quanto maior seu valor, mais o corpo em questão tem facilidade em roubar elétrons de outro que se esfregue nele. Ao atritar dois corpos com eletroafinidades diferentes, o de maior valor adquire elétrons roubados do outro, termina com elétrons a mais, ficará negativamente carregado, e o outro com elétrons a menos, positivamente carregado. Alguns materiais, todos eles isolantes, são classificados em uma série chamada de triboelétrica, este tribo vem de atrito, é uma série de elementos que se eletrizam por atrito. Em ordem decrescente de eletroafinidade, eles são:
Celulose
Resinas
Plásticos
Seda
Vidro
Cada vez que um desses materiais é esfregado em outro, acontecerá uma eletrização por atrito, por exemplo, pegue um canudinho de refresco, desses de plástico e enrole-o em um tufo de cabelos bem apertado, agora puxe o canudo esfregando-o no cabelo e o atire contra a parede. O que aconteceu? Ele ficou pregado na parede. Será por causa de sua brilhantina? Não, ele está eletrizado, portanto sofre uma força de atração com a parede que o mantém preso.

Sua experiência não funcionou?

 Verifique se seu cabelo está seco e limpo e se o canudinho é realmente de plástico. Outro caso acontece quando você usa um pente plástico: seu cabelo é lã, portanto o pente rouba elétrons dele se eletrizando negativamente enquanto seu cabelo se torna positivamente carregado. Em algumas situações torna-se quase impossível pentear os cabelos por causa da atração que aparece entre as cargas de sinais opostos presentes neles e no pente. Isso não acontece todo dia por causa de algo a que chamados de rigidez dielétrica, este fator determina que todo isolante é capaz de impedir a passagem de cargas elétricas até certo ponto, quando o campo elétrico ultrapassa certo valor, o material deixa de ser isolante e se transforma em condutor. O ar é um isolante, não permite passagem de corrente elétrica, mas, quando a umidade relativa aumenta, sua capacidade de isolamento diminui, portanto em épocas mais úmidas, estes efeitos de eletrização quase não são notados, pois os corpos não conseguem segurar as cargas neles colocadas que escapam para o ar. Em épocas de seca, aí sim, sofremos com choques quase todos os dias. Já reparou que às vezes quando você está tirando um casaco de fio sintético, principalmente em dias secos, ao passar por seu cabelo ele estala? Quando acontecer, feche o quarto, apague todas as luzes e aguarde por aproximadamente 4 minutos para que seus olhos possam sofrer adaptação visual, se acostumando ao escuro. Após este tempo retire a blusa esfregando-a em seus cabelos e observe-a atentamente fazendo nela pequenos movimentos. Você irá perceber que estes estalos são provocados por pequenas descargas elétricas, são mini-trovões produzidos por mini-raios. Não se deixe enganar pelo pequeno tamanho, estes raios em miniatura podem ter tensões de até 60.000 V. Para saber o valor aproximado da tensão de cada um, é só estimar seu comprimento, se o ar estiver bem seco, serão 3000 V para cada milímetro, (a rigidez dielétrica do ar seco é de 3000V/mm).
Agora você ficou impressionado! Quer dizer que eu levo choques de 60.000V e
nem sinto? Mas os 127 V de uma tomada podem me matar! Sim é verdade, este choque você não sente porque acontece na sua roupa, se ocorresse no seu corpo, a sensação seria bem leve, como você já cansou de sentir.
Se nosso corpo contém cargas elétricas e, essas se encontram em repouso, elas simplesmente não são percebidas, apenas notamos nossos cabelos se arrepiando quando a quantidade de cargas é grande o bastante. Nós somente sentimos uma carga quando ela se encontra em movimento produzindo uma corrente elétrica, aí sim, sentimos o famoso “choque”, e neste choque, quem faz o estrago, quem fere, quem machuca é a intensidade de corrente. No caso de um choque produzido por cargas estáticas, destas a que a gente se sujeita
todos os dias a corrente elétrica é bastante pequena e não representa maiores riscos enquanto que em uma tomada a intensidade de corrente é muito mais intensa podendo até matar.

Situações onde se tomam “choques”:

·              Tocando o lado de fora de um carro que esteve recentemente em movimento. Ao se movimentar é comum que o carro acumule cargas.
·                  Jogando basquete. A bola de basquete tem elevada eletroafinidade e cargas acumuladas nela passam facilmente para o nosso corpo a cada contato, de repente você, eletrizado, encosta em alguém neutro, a passagem da carga de um corpo para o outro provocará o choque.
·              Ambiente com carpete e ar condicionado. O ar condicionado deixa a umidade relativa do ar muito baixa, portanto aumenta a rigidez dielétrica do ar facilitando a ocorrência de eletrização. Se houver diferença entre a eletroafinidade de seu calçado e a do carpete, você se eletriza sem saber e só vai perceber quando tocar em outro corpo que seja condutor.
Dica: Para não tomar choques de seu carro, se é que isso te incomoda o suficiente, existe um dispositivo, na verdade uma barra de borracha metalizada e flexível que se coloca por baixo do veículo, presa ao chassis, que fica arrastando todo o tempo no solo, descarregando nele qualquer carga que poderia ficar acumulada.
À propósito, você sabe por que eletricidade se chama eletricidade? Os gregos, há 2500 anos já haviam percebido sua existência, eles observaram que pedaços de âmbar, atritados com lã apresentavam umas estranhas propriedades, atraindo objetos de pequenas dimensões, como em grego o âmbar se chama elektron, o nome eletricidade surgiu daí. Ao lado pode-se ver um pedaço de âmbar, sim é ele mesmo, aquele do filme Jurassic park, de onde acharam um pernilongo com sangue de dinossauro com o qual reconstruíram um novinho em folha.


Marcos Diniz

Curiosidades!!!

Andando no vácuo


Aposto que ao ver este título você pensou que se tratava de andar em um local desprovido de atmosfera. Não é esse o significado do vácuo mencionado, o que se queria dizer é algo que se vê com freqüência em corridas, quando um corredor cola na traseira de outro. Em casos como esse, o locutor anuncia:
--Fulano entrou no vácuo do ciclano.
A que se refere esse vácuo?
Quando um corpo se desloca dentro de um fluido ele sofre a ação de uma força oposta ao seu deslocamento chamada de arrasto, ou simplesmente de resistência do ar.
Para médias velocidades, como as de um carro, por exemplo, esta força de resistência é proporcional ao quadrado da velocidade. Isso significa que quando a velocidade de um corpo dobra, a força de resistência fica quatro vezes maior. Esse é um dos fatores que determinam que para dobrar a velocidade final de um carro, não basta dobrar a potência do motor. Podemos perceber então que quanto maior é a velocidade, mais intensa é a força oposta ao movimento provocada pelo ar. Para nós que só andamos a pé, parece pouca coisa, mas para um ciclista, faz toda a diferença, andar contra o vento é equivalente a subir um morro. Em eventos esportivos oficiais, existe um valor máximo da velocidade do vento, recordes obtidos quando este valor é superado, não são aceitos.
Nas provas de ciclismo, cada equipe tem um participante chamado de “coelho”, cuja função é reduzir a resistência do ar para o atleta que vai tentar ganhar a prova. Ele sai na frente, gastando suas energias no começo da prova. O atleta que foi designado para ganhar, ou pelo menos tentar ganhar, vai logo atrás dele, no vácuo. Dessa forma, o esforço feito é bem menor sobrando energia para uma arrancada no final.
Mas afinal, o que é este vácuo? Quando um corpo se desloca no ar, uma parte desse ar, logo atrás do corpo, vem junto, esse é o chamado vácuo. Pegue uma folha de papel e solte-a de certa altura. Ela cai lentamente graças à resistência do ar. Um livro cai mais depressa, devido ao seu maior peso, vence esta resistência com mais facilidade.
Agora vamos colocar a folha no vácuo do livro, coloque-a sobre o livro e solte os dois.
Ela vai descer tão rapidamente quanto ele, a resistência do ar sobre ela será praticamente zero por estar situada no vácuo do livro. Quando em uma corrida de carros
um piloto entra no vácuo do outro, ele tem algumas vantagens e desvantagens, as vantagens são que o carro poupa seu motor por não necessitar de muita potencia agora que a resistência do ar foi reduzida, e poupa também combustível reduzindo o consumo.
As desvantagens são de que o tempo para reagir se algo acontecer ao carro da frente será tremendamente pequeno, se algo acontecer à ele, muito provavelmente acontecerá também com quem vai no vácuo, e o fluxo de ar em seu sistema de refrigeração será reduzido. Essa é a razão pela qual nas pistas, o piloto não fica muito tempo no vácuo do outro, para impedir o superaquecimento de seu carro, normalmente ele só permanece ali até ter uma chance de tentar a ultrapassagem. Quando essa chance demora demais para aparecer, ele se afasta um pouco do carro da frente durante alguns momentos para permitir o correto resfriamento de seu motor.
Quem chega com maior velocidade ao solo, uma pessoa que caiu de um avião a 500 m de altura ou outra que caiu de 5.000 m? As duas chegam com iguais velocidades. 
Quem causa esse efeito é também a resistência do ar. Quando cai, a velocidade de um corpo aumenta, nesse caso, a resistência oferecida ao seu movimento pelo ar, vai aumentar também. Puxando o corpo para baixo existe o seu peso, puxando para cima a resistência do ar. Quando o peso é maior, a velocidade aumenta provocando aumento da resistência. Vai acontecer um instante em que as duas forças se igualarão em módulo, nesse momento a velocidade não mais aumenta. Um corpo humano caindo deitado de barriga para baixo, braços levemente abertos e flexionados e pernas levemente dobradas

para trás, posição que os pára-quedistas chamam de “aberta básica”, cai com velocidade em torno de 200 km/h. Eles usam um macacão que possui um tecido preso do cotovelo à cintura, para cair com menor velocidade eles afastam o cotovelo do corpo abrindo aquela pequena asa criando mais resistência, para descer com velocidade maior, basta juntar os cotovelos ao corpo. É assim que conseguem descer todos juntos para fazer o chamado “trabalho relativo” onde se dão as mãos formando figuras no céu. Se alguém esta muito acima dos outros, ele coloca os braços ao longo do corpo, levanta o queixo, junta e estica as pernas e cai de cabeça para baixo em uma posição chamada de “gota d’água” onde a velocidade pode chegar aos 400 km/h. Uma queda de 500 ou de 5000 m  não faz diferença na velocidade final, a posição do corpo durante a queda, sim.

Marcos Diniz

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Mas não imaginava que era possível!


Faça fotos 3D com uma câmera comum!
A moda agora, seja no cinema, seja nos novos televisores, é o famoso 3D. Você pode aderir sem pôr a mão no bolso.
A visão tridimensional é tão especial por um único motivo: temos dois olhos. Como cada olho vê as coisas de uma perspectiva ligeiramente diferente a do outro, a junção das duas imagens no cérebro provoca a sensação de profundidade. Uma câmera fotográfica convencional só tem uma lente, portanto, só pode gerar fotos 2D. Certo? Errado. Prepare-se para reproduzir imagens tridimensionais com sua máquina fotográfica e visualizá-las com nada mais que um simples óculos 3D “dos antigos”, com lentes azuis e vermelhas. A experiência de tirar fotografias nunca mais será a mesma.
Você vai precisar de:

·                 Uma máquina fotográfica
·                 Papel cartolina brancos
·                 Papel celofane vermelho e azul
·                 Computador
·                 Impressora


Passo a passo

  1. Pegue a câmera fotográfica e tire uma foto do objeto ou paisagem que deseja registrar. Então, com muito cuidado, desloque a câmera cerca de 6cm para a direita e tire uma segunda foto.
  2. Descarregue as duas imagens no seu computador. Há diversos programas que fazem o serviço a seguir, mas o mais fácil é visitar o site http://www.make3dphotos.com/bp/. Em português, ele solicitará o carregamento das imagens esquerda e direita.
  3. Encerre a operação clicando no botão “criar a foto 3D”. O software então combinará as duas imagens numa só. O esquema funciona porque a lente azul “apaga” da visão os detalhes em azul, e alente vermelha, os em vermelho. Assim, cada olho recebe uma informação diferente, criando a sensação de profundidade.
  4. Salve a imagem gerada no seu PC e observe-a com seus óculos 3D na tela ou impressa em papel. Prontinho! O senso de perspectiva aparece diante dos seus olhos.

Caso precise, você pode aprender a fazer óculos 3D de papel seguindo as instruções contidas neste site: http://tinyurl.com/4az4m28  


Dicas aos alunos ingressantes ao ensino médio


Ao aluno:

Ä  Encare as dificuldades de maneira coerente e responsável ;

Ä  Quando não encontrar a saída sozinho, procure ajuda ;

Ä  Jamais desista no primeiro obstáculo: eles existem exatamente para serem superados ;

Ä  O único lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. E somente lá ... ;

Ä  Ninguém é seu inimigo. Nem se torne inimigo de você mesmo. Todos vão ajudá-lo, desde que você se disponha para tal;


Pré-requisitos para a FÍSICA:

1º )     Existem três “grandes” problemas : Interpretação de textos, matemática , geometria fundamental e a tensão emocional. Se você apresenta apenas um destes problemas (principalmente o último), procure solucioná-lo de forma pouco traumática e eficiente;

2º )     O estudo é um hábito que deve ser diário, principalmente nas áreas em que houver raciocínio lógico mais apurado. Esforce-se para que isto aconteça;

3º )     Procure estar receptivo ao que irá ser ensinado. O contrário apenas faz surgir mais uma barreira e de difícil transposição;

4º )     Lembre-se: a resolução de exercícios é uma forma de assimilar o conteúdo adquirido. Porém, jamais o faça a fim de obter somente o resultado final para se “ver livre” do problema. Mais importante é a compreensão do assunto.

5º )     Cuidado!!! Ninguém sabe tudo e ninguém sabe nada: jamais tente ser estes extremos. A humildade é uma das chaves do conhecimento;

6º )     Fazendo a sua parte, tudo acontecerá de forma a prosperar em sua vida. Sucesso e boa jornada !!!!


   ALUNOS, LEIAM COM A MÁXIMA ATENÇÃO !!!

(Retirado do livro “Alicerces da Física – Kazuhito” e adaptado pelo professor Marcos Diniz)

Após vários anos de estudo, você já tomou conhecimento dos inúmeros tipos de abordagens, teorias e exercícios dos assuntos que compõem o currículo escolar.
Naturalmente, cada estudante, ao seu modo, aprendeu a analisar e a resolver os diversos questionamentos que lhes surgem. É importante ressaltar que em cada área de estudos (Humanas, Exatas e Biológicas), há aspectos diferentes a serem abordados e analisados.
Especificamente nas Ciências ExatasFísica, Química e Matemática – aparecem exercícios em que a seqüência na análise do enunciado é fundamental.
Para quem estiver preste a enfrentar um exame vestibular ou de avaliação seriada e até mesmo em provas do ensino médio, segue-se um roteiro que será bastante útil, principalmente para uma sistematização mais eficaz na resolução principalmente de problemas numéricos, com a conseqüente economia de tempo (fator importante para o sucesso num exame).

ROTEIRO PARA A INTERPRETAÇÃO DE UM ENUNCIADO DE UM PROBLEMA DE FÍSICA:


1. Leitura inicial
Fase de interpretação de texto – identificar os aspectos gerais do problema:
ü  Os assuntos que estão sendo questionados;
ü  As perguntas apresentadas.
ü  Sempre que possível, representar a situação do problema em um esquema ou desenho.

2. Identificação dos dados
ü  Associar os dados numéricos com as respectivas grandezas que estão sendo quantificadas;
ü  Adotar o sistema de unidades mais conveniente para o conjunto dos dados apresentados.

3. Raciocínio
Análise da seqüência dos fenômenos sucedidos, prestando atenção em:
ü  Como os dados serão utilizados, ou seja, em que situações serão aproveitadas;
ü  Quais são os dados relevantes do problema.
ü  Se a questão for teórica, utilize-se dos conhecimentos adquiridos em aula e na vida prática.

4. Equacionamento

Tradução do português para a linguagem matemática.


5. Desenvolvimento matemático
Determinação dos valores das incógnitas

6. Respostas
Jamais se esquecer de colocar as unidades de medida (exceto nas grandezas adimensionais), sem as quais as respostas ficam incompletas.

7. Verificação
Analisar, rapidamente, se os resultados obtidos são compatíveis com os fenômenos que se sucedem no problema; bastando apenas um pouco de bom senso aliado à lógica.
                                   
FAÇAM BOM PROVEITO DAS DICAS !!!!
Prof. Marcos Diniz